Você pode não crer em Deus. Pode não crer em nada. Tudo se explica pela evolução natural, pelos arranjos químicos ao longo de era após era. Pode acreditar que o milagre da vida é resultado de fenômenos naturais e pelo consórcio de forças que, mesmo ao acaso, engenhosamente foram superpondo moléculas e células que chegaram à sofisticação da unidade carbono que é hoje o ser humano. Tudo bem, afinal a ciência em evolução geométrica tem, a cada dia, derrubado conceitos e dogmas religiosos com a fria eficiência dos experimentos. Deus hoje é questionado por elaboradas equações matemáticas, fórmulas e cálculos avançados da física e da química - catedrais impressionantes de sofisticados teoremas a comprovar a origem ou a explicação para todos os fenômenos relativos ao surgimento da vida. Parece que o racionalismo está vencendo de goleada. Deus está perdendo espaço nos corações e mentes de expressiva parte da humanidade. Será ?! Eu, em minha santa ignorância, ouso contrapor um argumento leigo. Acredito que um argumento, por mais prosaico que seja merece ser considerado. Afinal, todos os argumentos, idéias e proposições um dia foram tolices, até prova em contrário. Acredito(não riam) que a suprema obra da criação ou da teoria do caos, seja a mulher. Ela é, no topo da cadeia criativa, aquela capaz de gerar outra vida. Sua sensibilidade (lato senso), queiram ou não os homens, faz de todos nós seres de segunda categoria. Sua inteligência tem outro componente que nos foi negado na evolução: um instinto primário que pode ser resumido em sua capacidade de interagir com várias atividades e situações ao mesmo tempo. Sua anatomia e beleza, a bem da verdade, faz de nós macacos com acabamento um pouco mais elaborado. Nossa sorte é que somos o macho e elas não tem outra alternativa para perpetuar a espécie. Houvesse equilíbrio estético, seria razoável nos acharmos belos. Seu sexo á mais intenso que o nosso. Enquanto nosso prazer é um por vez, elas nos humilham com orgasmos múltiplos. Tem órgãos genitais com mínimas diferenças, enquanto nós transitamos entre a espada e o canivete. Por mais amoroso que possamos ser com nossos filhos, estamos longe de envolvê-los com a ternura com que elas abraçam suas crias. Crias sim. Enquanto nós nos sentimos pais, ela tem crias e os protege mais e melhor do que é capaz a nossa superioridade física. O conceito de proteção está mais ligado a contraposição de força para conter ameaça. Pode parecer simplista mas é assim desde a idade da pedra, quando com pedaços de ossos e pedras defendíamos o território ou a entrada da caverna. Enquanto íamos à caça, elas amamentavam seus filhotes, os embalava e cobria com peles, criando vínculos e os primeiros afetos, não bastasse o ventre que os guardava por 9 meses.
Faça uma coisa amanhã à noite, com ou sem amor. Observe-as dormindo após o gozo ou sem ele. Percorra suavemente a mão por suas formas divinas. Veja como os contornos são perfeitos. Como tudo nelas é embriagante. Sinta a maciez da pele e o cheiro de seu sexo que exala um perfume que estamos esquecendo de sorver. Este cheiro hoje tem um nome esquisito: feromônio. Antes que alguma beata ache que extrapolei, digo às recatadas senhoras que este cheiro está presente em inúmeras fêmeas da fauna com o propósito de atrair os machos e preservar a espécie. Se ainda assim sou profano ou um fauno tarado, vá se queixar com Deus. Questione a sua obra e os apetitosos ingredientes que Ele colocou em seus animais. Em verdade vos digo: entre milhões de formas de vida neste planetinha maravilhoso, perdido entre bilhões de bilhões de galáxias, quem sou eu, uma ameba, para negar, questionar ou explicar esta absurda grandeza.?! Seria o cúmulo da pretensão. Concordam comigo, célebres cientistas ?
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