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18/07/2014

E SE?...

E se o meu riso for não-rir?
E se a minha dor dor não for?
E se a minha alegria não há
E se o céu céu não é?
E se o meu amor for vazio
E o vazio preencher?
E se o meu pesar não doer
E a minha vida não ser?
E se o bem mal for
E o mal mal não for?
E se o meu pesar não doer
E a minha bondade negar-se?
Tudo existe, será?
E se tudo não for o que é
E o que é nada for?
E se eu, você, o mundo
O sol e as galáxias
Formos apenas um sonho?
E se eu tiver razão
E esta poesia nunca foi escrita?
E se eu, você, o mundo, o sol,
As galáxias, o universo
Não partirmos do princípio?
Quem então está jogando
Com sombras e ilusões?
Por que tudo é tão intenso
E ao mesmo tempo aparente?
Que certeza me assegura
Um átomo que seja?
Quem me garante?!
Algo me diz que não somos
E tremo e temo por tudo
E por todos neste jogo
Sem a menor graça...
Por falta do que fazer
Do vazio onipresente da existência.

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