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23/07/2014

Ainda a pouco, publiquei o texto aí em baixo. Fui assistir a novelinha Meu Pedaço de Chão(adoro) e resolvi, no intervalo, dar uma espiada na Globo News. 
Leilane Neubarth comentava a morte de Ariano Suassuna(por telefone) com Zuenir Ventura e outros dos quais não me lembro o nome. 
Estou de luto. A morte novamente tirou de nosso convívio um dos maiores escritores brasileiros, não satisfeita em empobrecer nossa cultura com a maldade de levar, em menos de 15 dias, João Ubaldo Ribeiro e Rubem Alves.
Conheci a obra de Suassuna, anos atrás, através da mini-série "O auto da Compadecida", produção da TV Globo. A partir daí morri de amores por Ariano, por sua literatura e por seu imenso e diversificado talento. Pouco depois, por acaso, assisti a uma de suas aulas-espetáculo não sei em que canal de TV. Um show. Poucas vezes em minha vida me diverti tanto. Qualquer que fosse o tema das outras aulas que tive a sorte de assistir, Ariano destilava cultura e empatia com o êxito que só os gênios da comunicação lograram, e como se ele fosse do ramo. Após, confesso que não tive acesso a outras obras dele e nem precisava. A mini-série da Globo, as aulas-espetáculo e depois o filme homônimo me deram a exata dimensão de sua criatividade e talento.
Mais um ídolo meu se foi. Ariano Suassuna vai ficar em minha memória como um iluminado, assim como iluminou a minha vida a poesia de Mário Quintana. Ambos tinha o maior dos talentos, qual seja a capacidade de traduzir os sentimentos e vivências de uma forma absurdamente simples. Como se a alma e a vida fossem uma cartilha vovô viu a uva.
A esta altura e nas alturas, Ariano está diante de Deus e da Compadecida. Aposto que Ambos, entre uma gargalhada e outra, estão se divertindo com as artimanhas de João Grilo e as mentiras deslavadas de Chicó que, entre uma e outra lorota, solene repete que "só sei que foi assim".

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