AMANHÃ
O bar fechou.
Fui o último.
E esta garoa!...
Luzes vaporosas...
Uma cadela vadia passa...
O cigarro chegou no filtro.
Queimei os dedos
e xinguei.
Só me resta ir...
Este é o problema:
para onde ?
Porque tem que ser assim?...
Não, meu bem.
Hoje não...
Eu disse não...
Tô duro.
Não quero o seu carinho.
Não sei mais...
Tá bom, mas não...
Vou seguir o meu caminho..
Tchau...
Como?
Não entendi...esquece...
Como se eu entendesse!...
Este é o meu castigo
porque matei tua
última ilusão?
Feche a porta
o último a entrar.
Deixe as flores
perto da cruz.
Na minha, não...
na dela.
Quem sabe amanhã,
em nossa antiga esquina,
eu consigo te tocar.
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