19/07/2014
A tragédia síria merece uma reflexão. Particularmente o ataque com armas químicas que mataram indiscriminadamente mais de 1500 homens, mulheres e crianças. Menos importante os responsáveis pelo massacre, tropas de Bashar-al Assad(ou Bashar-al Sarrafo ?) ou " rebeldes". No meu ponto de vista, o grande responsável é a nação que patrocinou as pesquisas para a criação deste artefato imoral e covarde. Armas químicas não são novidade. Sua estréia macabra remonta à primeira guerra mundial e logo foram proscritas e a proibição de seu uso integrada à legislação da Convenção de Genebra(crimes de guerra). Sob o mesmo ponto de Hiroschima e Nagasaky são vítimas dos criadores da bomba atômica. Em ambos os eventos há uma co-autoria: governos que autorizaram o seu uso e todo o aparato industrial e tecnológico envolvido em sua produção. Aos primeiro, a motivação foi a manutenção do poder e as benesses dele decorrentes.Aos segundos, o objetivo foi tão-somente o lucro; o ganho - não importa a que preço e consequência. O ataque ao Japão em agosto de 45 poderia ser evitado. Os americanos alegavam que a invasão do Japão custaria de 1 milhão de vidas. Por que não um teste em uma ilha próxima, presenciado por .autoridades japonesas e de outras nacionalidades de países envolvidos? E por que a bomba nuclear? A antiga Rússia não possuía, àquela época, armas atômicas. A produção e a utilização da bomba pelos EE.UU fizeram a Rússia entrar na escalada armamentista e explodir a sua em 1949. O Império Romano dominou grande parte do mundo a ferro e fogo em uma época em que o modus operandi geo-político justificava conquistar povos e nações sem o menor constrangimento. Nada mudou, a não ser os métodos hoje subliminares, ardilosos, a criar situações e crises (CIA, KGB, MOSSAD-talvez) que "exigem" a intervenção humanitária das potências preocupadíssimas com a Síria, Chile(Allende), Afeganistão, Iraque e outros menos importantes. Logo, as potências solicitam a criação destas armas terríveis. o capital financia a indústria que, por sua vez, "comercializa" a morte alheia. Depois, todos juntos, direta ou indiretamente, põem a boca no trombone a exigir "um basta". E tome manchetes de primeira página, telejornais, noticiários; convocação de embaixadores e protestos diplomáticos...Enquanto isso, na Síria, a fileira de mortos é sepultada ou aguarda sua vez. Enquanto isso, os EE.UU ameaçam entrar com tudo...Triste é que esta fila só faz crescer, e não anda mais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário