MORDAÇA
Quisera eu poder falar do encanto
Que sinto quando a contemplar-te estou...
Quisera, pudera...me custa tanto e tanto.
Emudeço, me calo, me fecho, me vou.
O martírio das palavras sem sentido...
A frustração das rimas que não soam...
O silêncio inerte, mórbido e traduzido
de mortes sem alma que não voam.
Só me resta então sofrer calado
sem dizer do amor que me entristece
Sem a sorte de por ti ser amado.
Não há de ser o indizível que me negue.
Vou rezar de amor a minha prece
Grato à ventura que me foi entregue.
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