BEIJO HOMOSSEXUAL.

Sempre respeitei a opção sexual das pessoas, mas gostaria de ponderar que a cena do beijo entre os atores, em horário nobre e portanto acessível aos jovens, me parece inconveniente. A homossexualidade nos dias de hoje é vista com uma naturalidade um pouco perigosa, visto que foge ao padrão natural e faz parecer às personalidades ainda em formação que esta opção é perfeitamente aceitável. Não é. Isto não quer dizer que tenhamos o direito de proibir, punir ou execrar aqueles que assim se relacionam. A grande maioria das famílias preferem que seus filhos formem casais segundo a ordem natural. E se assim pensam, certamente não concordam com a exposição destes afetos logo após a hora do jantar. A opção sexual, no meu modo de ver, deve ser feita quando os envolvidos tem a necessária maturidade para adotar esta conduta. Assim procedendo evitarão eventuais conflitos, fazendo com que esta escolha seja amparada por uma profunda convicção. Só assim poderão garantir a felicidade a que tem direito. Eduquei meus filhos de modo que aceitassem e respeitassem as opções sexuais de todos. Deixe claro, também, que se porventura optassem por uma relação homossexual, respeitaria esta decisão e que os defenderia da intolerância com a qual teriam que conviver. Por mais compreensivos que sejamos, não podemos negar o fato de que a sociedade não vê com bons olhos as relações afetivas pouco convencionais. Os meios de comunicação tem grande responsabilidade ao abordar temas polêmicos que podem interferir no contexto social. A audiência e os ganhos dela decorrentes não podem se sobrepor a tudo em nome do lucro. Este conduta pode nos levar a assistir, num futuro próximo, a cenas de estupros ou orgias em horário nobre. Acho que esta minha colocação não é despropositada. O primeiro beijo televisivo acontece, salvo engano, em uma novela de 1966. Apenas 48 anos nos separam do então "escândalo". Se hoje as cenas tórridas são rotineiras na hora do jantar, os estupros e orgias não estão tão longe assim.