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18/07/2014

Sobre a menina de 6 anos morta (queimada viva) por bandidos em São Luís (MA), devo registrar que a criminalidade chegou a tal ponto porque aqui a justiça só cuida tão somente dos seus interesses e apenas fingem que cuidam do direito do cidadão. Todas as nossas leis devem respeitar a nossa Constituição Federal, que é muito boazinha e não permite adoção de medidas realmente duras contra a bandidagem. Estamos certamente no único país em que bandidos presos continuam a cometer crimes de dentro dos presídios. Somos reféns da criminalidade. Conseguimos, sim, ser piores do que a Venezuela, onde o presidente Nicolás Maduro reagiu ao assassinato de um casal unindo-se a adversários políticos no combate à criminalidade.
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  • Fernando Antônio de Carvalho Salvo engano quanto a exatidão dos números, 50.000 brasileiros são assassinados por ano. Salvo engano, 45.000 morrem nas BR's e outras "estradas". Salvo engano, outros milhares vão a óbito nos corredores dos "hospitais" públicos, sendo que a maioria destes passamentos ocorrem nas capitais de estado. Salvo engano este total de presuntos já superou o número de vitimas da guerra civil na Síria. Salvo engano, estamos dentro de uma guerra civil não declarada ou deflagrada oficiosamente. Salvo engano, o Estado Brasileiro é o inimigo. A outra parte em conflito está mesmo é em conflito existencial. Não sabe se foge, enfrenta ou continua simplesmente morrendo. Está desarmada e já fornece números para caracterizar um genocídio em evolução. As armas de nosso inimigo são letais e de destruição em massa. São como bombas de neutrons - aquelas que não tem fogaréu e estampido e matam silenciosamente. Elas não são elaboradas em fábricas ou complexos militares. São sutis. Seus projetos são ardilosos e acontecem nos recônditos gabinetes do poder. Seus componentes são a omissão, o desinteresse, a falta de compromisso e de responsabilidade. São gestadas também no jogo de empurra praticado entre os poderes constituídos. Tem o seu acabamento nas oficinas de descontrole de qualidade, garantido por funcionários desqualificados porque escolhidos por critérios políticos em detrimento dos técnicos. E neste quadro apavorante, a quem recorrer para dar alguma chance de sobrevivência aos mais fracos, vítimas desta revolução intestina? Não há a quem recorrer. No primeiro nível de recurso(o mais poderoso) a chefia é cega, surda e muda. No segundo, se escreve pouco o que importa e muito o supérfluo. No último, no terceiro nível de recuso, impera a lentidão, a morosidade e a pasmaceira justificada por milhões de normas que eles mesmos criaram para desembrulhar o cipoal de normas. Salvo engano, os números da tragédia são exatos. Salvo engano, quisera estar enganado.

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