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18/07/2014

O PACOTE 

O PACOTE.


Numa bela e morna tarde de verão
Olhei pro céu e o que ao longe vi?
Um ovni, asa delta, um avião?
Será um para-pente ou um colibri?

Era uma aeronave tão pequena e atraente...
Pó-pop-pop...pó-pop-pop... linda a flutuar
Dentro de uma nuvem branca, tão diferente
De outras tantas lindas de se olhar.

Dentro dela um pacote, que beleza!
Bem embrulhadinho, pra ninguém maldar.
Imagine tudo, pense em uma surpresa
Boa de se ver, ruim de se cheirar.

Tudo ia tão bem até que o destino
Resolveu não mais colaborar...
É açúcar pra doce de leite clandestino
Verifique autoridade...só não pode cheirar.

Sem dono o pacote só pode ser encomenda
De um tipo alegre e faceiro lá das alterosas.
Decerto é coisa que não se compra em venda,
Muito menos em lojas das redes mais poderosas.

Não bula neste vespeiro. Negue tudo companheiro.
Tem gente graúda envolvida com este enorme pacotão.
Pule de banda, esconda o rabo por inteiro.

Jure, desconverse, esconjure, diga sempre não.

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