SER
Quem sou eu que vago sem rumo
Por esta estrada que se perde no infinito?
Qual o sentido se nem sei se assumo
O meu mortal papel neste estranho rito.
Qual o sentido se não há resposta
Para o medo de ser menor valia.
Quem sabe um dado, lançada aposta
De escolhas que não fiz um dia.
O que me resta se não tenho escolha
Senão vagar num plano de ilusão.
Projetada sombra que não tem escolha,
Filha de um sol que nega a verdade,
A forma, a cor, o sentido e a razão
De um remoto tempo que não tem idade.
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