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18/07/2014

FEITICEIRA

Sentou-se diante de mim e sorriu.
Não me disse uma só palavra.
Apenas olhou-se de cima abaixo
E sorriu o riso das fadas
Ou de alguma bruxinha sapeca

Tudo assim tão súbito e leve
Como uma pluma, um dente-de-leão
A flutuar sem nexo na colina.

Todas as promessa se cumpriram
Entre uma e outra dimensão de sonho.
Como pode a magia tanto embriagar
logo a mim tão cioso da razão?
Logo a mim tão certo e seguro
De que mais vale o sonho que a razão.

Nos demos as mãos e saímos pelo campo
Trocando olhares, sorrisos e carinhos.
Olhares, suspiros e vertigens.
Quimeras, fantasias, arco-íris
Multicolorido dentro de um desenho
Animado lindo e fantástico.
Lá longe um horizonte púrpura
e uma estradinha serelepe
Serpenteando via sem retorno.

Tudo uma loucura... uma doce ventura.
Uma viagem ácida, um mergulho.
Um sussurrou em meus ouvidos.
Alguma coisa intraduzível e sonora
Como um riacho de águas claras
Que agora atravessa a minha vida
E permanece em minha alma.

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