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21/07/2014

Eu tenho um sonho. Não sei se é um sonho pretensioso. Mas sonho não tem limite e por isso mesmo é sonho. Quisera escrever como Mário Quintana - o mago das grandes emoções descritas com meia dúzia de palavras. Traduzir os sentimentos que ele resumia com a clareza de um riacho. Quisera como ele sentar-me à margem da vida e ver o que ele via com os seus olhos de ver fundo. Como se alma fosse rasa e transparente. Como se a imensa catedral de virtudes e fraquezas humanas fosse uma orada perdida à beira de uma estrada campestre. Quisera ser o que nunca serei: um escritor ou um poeta a quem Mário Quintana olhasse com carinho. Mas vou tentar, sempre. Porque ele é o meu farol mostrando os perigos dos recifes e das pedras. Enquanto houver um mar de navegar, vou em frente. E o naufrágio for o meu destino, que eu encontre uma ilha em mim mesmo. E que nela sobrevivam os meus sonhos.

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