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16/02/2015

VULCÃO
Gosto de te ver assim em paz, dormindo
como uma menina ainda de boneca.
Fico quieto e sorrio ao te ver sorrindo
me rindo dos teus sonhos de sapeca.
E pensar que este vulcão adormecido
não tarda explodir fogo e lava quente
que me pega sempre desprevenido
nas encostas de nossa cama ardente.
Entre uma e outra surpreendente erupção
vou me cercando de todas as cautelas
escondido entre os teus breves cansaços.
De que me adianta fugir da explosão,
blindar todas as portas e as janelas?
Melhor logo morrer entre os teus braços.

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