VÍCIO
Ata-me alguém, tenha piedade, com nó cego.
Deixem-me acorrentado e confiram o cadeado.
Vendem-me os olhos, deixem-me só e cego,
Inerte, dopado, completamente abobalhado.
Deixem-me acorrentado e confiram o cadeado.
Vendem-me os olhos, deixem-me só e cego,
Inerte, dopado, completamente abobalhado.
Deixem-me debater sôfrego e enlouquecido.
Escondam tudo com que eu possa me ferir.
Apaguem a luzes e abram o acolchoado,
Forem as paredes, basta a dor que vou sentir.
Escondam tudo com que eu possa me ferir.
Apaguem a luzes e abram o acolchoado,
Forem as paredes, basta a dor que vou sentir.
Consumido por esta medonha abstinência,
Delírios e miragens a qualquer momento
Vão me consumir em transe e inconsciência.
Delírios e miragens a qualquer momento
Vão me consumir em transe e inconsciência.
Não há o que fazer por mim, tenham clemência.
Deixem-me entregue ao martírio e ao tormento,
Quem sabe na loucura eu anule a tua ausência.
Deixem-me entregue ao martírio e ao tormento,
Quem sabe na loucura eu anule a tua ausência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário