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02/02/2015

FERA
Não teve mesmo jeito, já era tarde
Quando você me olhou sem piedade.
Tentei fugir, corri, mas sem vontade,
Presa fácil do olhar que fere e arde.
Depois sofri com garras retalhando
O meu corpo, carnes e estranhas.
Quase morri saciando as tuas sanhas,
Aos poucos lentamente agonizando
Agora inerte e preso em teu abraço
Você me morde e lambe a ferida
Que sumiu e não deixou o menor traço
Feito cria eu adormeço saciado
E me esqueço de tudo nesta vida
E te olho terno, totalmente extasiado.

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