Páginas

09/02/2015

RUA

Minha rua.
Minha casa
sem sol e vida,
roupa no varal,
sem sombra
de dúvida
empalideceu.
O muro
foi crescendo,
crescendo,
virou praga.
E agora?
O meu jardim
é só meu.
Minha rua
ficou triste.
Ligo a TV
e me assisto.
Minha rua
mudou pro lado
de dentro.
Triste rua
sem passantes.
Só possantes.
Não passar.
Triste rua,
beco escuro.
Ruela.
Oi, gente!...
O silêncio
me recolhe.
Sou vagar.
O poste pisca
sem parar.
Casas cruas.
Se esta rua
se esta rua
fosse minha
eu mandava
eu mandava
desmurar.
E plantava
e plantava
com carinho
o jardim
o jardim
que vou plantar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário