TEIA
O dia triste vai se pondo:
Parece que é o derradeiro.
Não sei se durmo, se me escondo:
o último há de ser o primeiro.
A última aurora irradia;
Me banho em sua luz.
Mal o dia principia
e às sombras faço jus.
Olho o relógio de pulso.
A vida que me resta escoa
Pela hemorrágica veia.
Sou o inseto avulso,
Presa do tempo que voa
E me suga em sua teia.
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