ARREPENDIMENTO
Quase nada restou de um amor antigo,
Exceto uma foto vincada pelo tempo;
Minha dor sem um ombro amigo
Que me amparasse a um lamento.
Passou... Mas não me esqueço.
A cada dia ela volta assim sem mais...
O que foi feito do grande apreço
Que preservei quando era tarde demais?
Talvez, hoje, em outros braços
Receba todos as carinhos
Que adiei tão seguro de mim.
Fui eu que desatou o laço
E do buquê retenho os espinhos
Que sem dó eu mesmo cravo em mim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário