Reeditando...
ANÁGUA
Íntima, rósea e leve tule démodé,
Antepenúltima cidadela do prazer.
Descortina o proibido que em você
Está por uma alça a se desprender.
Antes do meu olhar no teu ver o lampejo
E do teu abandonar-se na cama ardente,
Agradeço feliz ao vento impertinente
Que revelou-me os contornos do desejo.
Quanto mais e mais o amor se banaliza,
Mais se expõe o que era mistério
E o furor que agora se ameniza.
Revela-te agora que o êxtase é breve.
Murmura, geme e berra teus impropérios
Porque maior é o gozo de quem se atreve.
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