OS CAUSOS DE JOAQUIM MEU SOGRO
CAUSO 7
O causo 6 termina com o casamento de Joaquim e Edith, em 2 de dezembro de 1939. Então voltemos a este dia.
O séquito de parentes e convidados, a pé, tomou o rumo da igreja. Em cerimônia simples mas concorrida, abençoada por Padre Dimas, Joaquim e Edith tornaram-se marido e mulher. Em seguida o casal ofereceu um almoço na casa de Capitão Faustino e recebeu 1 (um) sabonete como presente de casamento. Não se espantem. Na época somente nos casórios de gente mais abonada o casal ganhava presente e, ainda assim, quase nunca estes superavam 10 ou 12 unidades.
E a lua de mel? Na cidade mesmo, porque gente pobre não viaja para consumar as primeiras intimidades e afetos. A solução foi o empréstimo de uma casinha muito velha na descida da rua que dá acesso à cidade.
À noitinha, Joaquim de banho tomado e perfumado com algum excesso foi para o quarto e ficou aguardando Edith. Uma hora depois e nada. Cadê Edith? Mais meia hora...Joaquim já se inquietava. Chamou por ela e lá do outro cômodo Edith pediu que aguardasse pois estava rezando o terço. Edith já havia lhe avisado que rezaria o terço e mais outro, se necessário. Joaquim lhe disse brincando que já rezara o seu e que se ela demorasse mais ele acabaria virando santo, de tanta rezar. Alguns minutos após e enfim Edith apareceu muito tímida.
Finalmente se deitou com Joaquim. Em uma noite de um tempo em que os casais iniciavam-se no amor com uma ternura e delicadeza que nenhum Kama Sutra é capaz de superar em erotismo e prazer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário