Páginas

14/01/2015

Pensando que o direito de defesa é um princípio sagrado do direito. E nos advogados famosos que defenderam os mensaleiros e agora alugam suas competências para a defesa dos meliantes que assaltam a Petrobras.
Hoje, no Jornal Nacional, o advogado do Nestor Serveró, disse em alto e som (com a cara mais limpa do mundo) que o seu cliente não tem culpa no cartório. Só faltou dizer que Severó é pessoa de fino trato e de caráter lhano e probo.
Fico pensando como este advogado chega em casa, olha nos olhos da mulher e dos filhos, lava as mãos e senta na mesa para jantar.
A família, tanto quanto o seu chefe, sabe que Serveró é mais sujo do que pau de galinheiro.
Não obstante, todos fazem a sua lauta refeição paga com os honorários do papai nem um pouco honorável. Riem, contam piadas, comentam o dia e após se deliciam com as sobremesas, enquanto papai mergulhar o Havana em um finíssimo conhaque francês.
Após a novela das nove da patroa, do alarido dos jovens em seus Play Station de última geração, papai curte Vivaldi, Bach e Mozart.
Depois naninha. O causídico e família se recolhem e dormem o sono dos "justos" com as respectivas consciências embaladas pelo sonífero tilintar do vil metal.
Data venia, chego a triste conclusão que a fama de um grande advogado é diretamente proporcional à sua falta de escrúpulos.
Não faz muito tempo e o falecido e célebre Dr. MárcioThomaz Bastos, ex-ministro da Justiça no governo Lula, defendeu os réus do mensalão. Dr Márcio em nenhum momento cogitou conflito ético ou constrangeu-se em defender os membros do PT atolados até o pescoço no lamacento mensalão.
Tivessem alguma honra e todos declinariam da defesa de réus cujas culpas são públicas e notórias. Os implicados neste e em outros escândalos cabeludos teriam o seu direito de defesa resguardado pela constituição federal.
Neste caso os juízes indicariam um defensor público e os ilustre advogados poderiam dormir em paz com as suas consciências. Mas aí são outros quinhentos (milhões).

Nenhum comentário:

Postar um comentário