Vamos comparar o Brasil a um grande latifúndio. E entre as atividades econômicas nele desenvolvidas destacam-se as granjas. Entre elas, a portentosa Petrobras, que é uma verdadeira galinha dos ovos de ouro. Excelente poedeira, todo santo dia cacareja anunciando seus ovos dourados - verdadeiras jóias fabergé.
Acontece que toda granja desperta a atenção e a gula dos gambás, sempre a espreita dos ovos e de refeições fáceis e fartas.
A granja Brasil é muito cobiçada por estes mamíferos oportunistas. Mas aqui os gambás são muito burros.
Senão vejamos: a galinha bota somente um ovo por dia. Os gambás estão furtando ovos além da capacidade de produção da fantástica poedeira.
A galinácea está ficando doente e os ovos começam a escassear. E o que os gambás gananciosos fazem? À noite, na moita, entopem a galinha de hormônios e aditivos concentrados em injeções de Propinol e Licitacionil.
A clientela internacional já começa a torcer o nariz para os ovos com baixa concentração de quilates. Pior: começam a vender as ações da granja Petrobras e não investem mais na dita cuja.
A granja está ficando muito mal vista no mercado internacional. Mais um pouco e ninguém quer saber de negócios com ela.
Resumo da ópera: a galinha pode morrer intoxicada e aí os gambás não poderão mais se dar bem.
Se isto acontecer, com certeza os mamíferos fedorentos irão atrás de outra galinha na granja vizinha, cuja razão social é Eletrobras. Mas como têm a boca maior do que a barriga, para tirar o atraso, vão cometer um outro erro além da habitual superdosagem de aditivos, sobrecarregando a nova galinha com mais hormônios, agora acrescentando às doses de Propinol e Licitacionil o concentrado Tripropinato de Furtomicina 500.
Nesta batida e daqui a pouco os gambás vão morrer de inanição, porque sabemos que a sua voracidade não se contenta com as cotas legais de ovos a eles destinada (e tolerada) na Granja Brasil.
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