Amigos, tenho a honra de comunicar que, a partir de hoje, tem início a mini-série "Os Causos de Joaquim meu sogro". Dia sim dia não (ou quando me der na telha), vou contar as memoráveis vivências (TUDO CAUSO VERÍDICO) do homenageado. Traçando um rápido perfil de Joaquim Duarte Jales, meu sogro foi músico e sapateiro, mix exótico de artesão e artista. Morou em Guaraciaba, Minas, do seu nascimento a 1947, ocasião em que mudou para Belo Horizonte. Em Guaraciaba, seu Joaquim foi o criador e regente do coral, organista da igreja, mestre da banda de música e, pasmem, produtor e diretor do teatro da cidade para detonar a pasmaceira local. Mas como, perguntareis? Pois digo. O sogrão trazia peças do Rio de Janeiro, folhetins de drama e comédia, e os encenava em Guaraciaba. Para tanto, Padre Dimas emprestava o salão da casa paroquial - espaço modesto mas compatível com a produção de uma peça teatral. As peças do cenários eram emprestados pela comunidade, aí compreendidos sofás, quadros, rádio, tapetes, abajures, pano de cena(colchas emendadas) e tudo o mais que pudesse compor um cenário.
Parece que os inusitados da vida - situações, encontros e experiências fora do comum- procuram por aqueles com disponibilidade para ousar. E assim, premiado por suas iniciativas e ousadias, meu sogro estava sempre no lugar certo e na hora certa como personagem ou testemunha de inúmeras situações cômicas e dramáticas. Vamos então ao primeiro causo:
Parece que os inusitados da vida - situações, encontros e experiências fora do comum- procuram por aqueles com disponibilidade para ousar. E assim, premiado por suas iniciativas e ousadias, meu sogro estava sempre no lugar certo e na hora certa como personagem ou testemunha de inúmeras situações cômicas e dramáticas. Vamos então ao primeiro causo:
Nhô Lau foi visitar uma comadre em sua fazenda. Em lá chegando, a cachorrada ferveu em cima dele. Nhô Lau, prevenido que era, levava sempre consigo uma foice de cabo curto à guisa de defesa ou para cortar uma e outra erva medicinal. A cachorrada morde não morde e Nhô se defendendo como podia. Ato contínuo, a comadre chegou na varanda e aos berros pedia aflita para que Nhô Lau os espantasse com o cabo da foice. "Sartanu de banda", Nhô Lau respondeu: o dia que eles morder com o rabo eu bato com o cabo, comadre.
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