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09/11/2019

REMORÇO
Amar deveria ser tudo que a mim bastasse,
Mas me perdi em ilusões pueris.
Bastava que eu me ajoelhasse
E dissesse o que sempre se diz.
A volúpia de amores tantos e fugazes
Me distraiu como uma criança se distrai
Com cirandas, brinquedos, jogos banais
Tão inocentes, enquanto os meus mordazes
Promessas vãs, palavras ocas, mentiras inocentes.
Arremedos de paixões inconsequentes
Deixaram corpos à beira da estrada.
Hoje me pune uma solidão cansada
De me tomar a mão para apontar feridas
Como as delas que não foram consentidas.

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