Páginas

17/11/2019

NO AR
O vento vivia
por aí ventando,
quando refém dos montes
parou de ventar.
Foi quando a brisa,
ligeira e fresca,
passou em frente
e à sua fronte
pôs-se a refrescar.
O vento cheio de rompante,
poderoso, tonitruante
assobiou pra ela.
Ela, que é aragem,
só de passagem
ficou com medo
de se deixar levar.
Não teve jeito...
Ao romper do dia,
ou à tardinha,
você pode ver
um redomoinho
sugando folhas,
sugando flores
que vão subindo,
subindo, subindo...
E lá do alto
se precipitam
suavemente,
rodopiando,
bailando,
no ar bordado
de felicidade
sem nenhuma pressa
de o chão tocar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário