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30/11/2019


1 minuto
LETRAS.MUS.BR
The sky may be starless / The night may be moonless / But deep in my heart, there's a glow / / For deep in my heart / I know that you love me / You love me,

29/11/2019

Nova versão do molusco para o sítio que nunca foi dele:
É o seguinte cumpanheru juiz: eu a galega e os minimu fomos passiá lá pras banda di Atibaia.
O nosso carro istragô e a gente fomos andanu pela istrandinha de terra. Quando a gente já távamos cansado de tanto andá a pé, a gente vimus esse sítio qui as pessoa diz qui é meu.
A gente intramus, num vimus uma viva alma e a gente resolvemos, pra num perdê a viage, passá o fim di semana nele.
Na semana siguinte nóis vortemos e cumu num tinha ninguém de novo a gente resolvemos passá otro fim de semana di boa.
E assim, sucessivelmente, a gente fomos indo nele.
Um amigo meu mi viu no sítio e pensô qui ele era meu. Como esse amigo, sabe, mexe cum construção, ele resorveu fazê uma reforma só pra mi agradá.
Essa confusão deu pano pra manga, sabe, cumpanheru juiz.
A gelaga qui tá nu céu tá de prova di qui tô falano a verdade.
Era isso cô tinha pra decrará, êcelênça.
Versinho maldoso
Cretina Kirchner tem muita plata
mas deve dar o exemplo e economizar.
Com a linguiça na boca vai fica muito gata
e nem vai ser preciso ajoelhar.
MEIO TERMO
Entre o amor e a paixão,
a ternura fica no meio
abrindo mão da loucura
mas sem nunca esfriar.
Ternura é brisa da tarde,
canjiquinha na calçada
que a rolinha vem catar.
É sereno da madrugada
dando um toque na flor
que guardou o seu perfume
pra virar água de cheiro
na quermesse da matriz.
Ternura é o versinho manco
que o alto-falante anuncia
dedicado a Maria.
Ternura é bebê dormindo,
mãe cochilando de plantão.
É aceno de despedida,
saudade na contramão.
Ternura é balde de pipoca
e filme de ver juntinho.
Pode ser o escurinho
da última fila
e beijo roubado,
mão suada e aflição.
Quem sabe o realejo
e a sorte premiada.
Ternura é lua cheia
e estrelas despeitadas.
Talvez estrada caipira
e um caipira pitando
vendo a vida passar.
Ternura é amizade
e o amor fazendo beiço
porque este se acaba,
aquela não sabe acabar.
Vilarejo esquecido
dormindo à tardinha.
Mas pode ser a cidade
cheia de tanta gente
procurando o seu par.
Ternura é tanta coisa
que a gente desaprendeu
enquanto vivia correndo
e não parou pra olhar.
Ternura é este jeitinho
que você tem de me olhar.
Talvez o meu presente:
sua surpresa a exclamar.
Ternura é café na cama,
o uísque do depois.
Pode ser até o cigarro
que você manda apagar
porque a noite é criança
e já passou da hora
da gente recomeçar.
Ternura é isso tudo
que eu tentei definir.
Não sei onde começa,
não sei aonde vai dar.
Só sei que nada sei
e na Grécia vou buscar
alguém que me explique
o que tentei explicar.
São tantas ofertas de relógios ismarti uati que estou desmotivado.
Quero novidades como:
- contador de batimento de alarme
- a prova d'água e de pressão epitelial
- gasômetro para o intestino delgado e delegado
- marcador de pressão arterial do sono
- registro de sonambulismo
- termostato de temperatura solar
- caminhômetro e descansatrômetro
- barômetro e botecômetro
- sauna
- massagem
NR: Após longa internação para tratamento de uma unha encravada no dedão do pé direito (com metástase para a unha do mindinho do pé esquerdo), ei-lo de volta, todo são e pimpão, mostrando o caminho das pedras no zodíaco.
HORÓSCOPO PARA DEZEMBRO
Professor Astrolábio
Dia, consulentes amadinhos.
Dezembro está aí e pede passagem. Alvíssaras!... O que já estava bom vai melhorar de com força porque os astros perfilaram-se em continência para Papai Noel. É o efeito Bolsonaro, meus queridos.
Sem mais delongas, vamos ao que interessa:
SAÚDE - Boa para todos, exceto para os corruptos que continuam pendurados nos paus de arara da justiça.
DINHEIRO - Ventos a favor para a economia. Paulo Keds, o super mega Ministro da Fazenda vai continuar ensinando a fazer renda, desde que você tenha juízo e não fique arrastando asa para tudo que é rabo de saia e gastando os tubos para sustentar a libertinagem.
AMOR - Horizontes tipo aquele de "E o vento Levou". Até as taras serão bem-vidas. Vocês vão nadar a favor da correnteza em um mar de felicidade. Vênus está no cio, Cupido está fazendo hora extra, municiou sua aljava com trocentas flechas novinhas em folha, além de ter feito curso de tiro ao álvaro no Clube de Artilharia Bolsonaro.
TRABALHO - As filas quilométricas já começaram a minguar. O governo vai ter grana de sobra para injetar na economia, uma vez que os corruptos chupins vão entrar pelo cano de um fuzil FAL.
Jogue o seu Curriculum para cima. Antes que ele caia no chão uma penca de empresários vai disputá-lo na porrada.
Bom Natal e um beijo em suas bochechas rosadas.
Número: 17
Cor: azul
Pedra: diamante rosa.

28/11/2019

HUMORDIDO
LULA INOVA E CRIA A LUA DE FEL
BANGU I, II ou III - O noivinho de Janja - a socióloga Rosângela Silva -, que atende pelo codinome lula molusco pretende se casar contra a moça (nem tanto) em questão.
O problema é que existem trocentos processos em fila tramitando sobre a recepção de vantagens, agradinhos e mimos de empreiteiros.
A considerar a decisão do TRF-4, que não só recusou os argumentos da defesa sobre a maracutaia do sítio de Atibaia como aumentou a pena de lula, é de se esperar, a qualquer momento, por volta das 6 da matina, que a campainha toque no esconderijo atual do apenado.
Como a opinião pública anda de olho no nojento do congresso, também é de se esperar que a corja vote a lei para acabar com a moleza de ficar flanando por aí, livres, leves e soltos, enquanto aguardam os trânsitos em julgado.
Resumo da encrenca: lula tende a passar a sua lua de mel dentro de uma penitenciária ou quartel.
Desse modo, Janja só vai dar uma canja para o traste uma vez por mês e, mesmo assim como parte prejudicada, uma vez que que o bráulio de lula só se alevanta com o concurso de um bom macaco hidráulico.
OFERENDA
Preciso oferecer-te delicadezas
Para iluminar-me com o teu sorriso.
Preciso buscar entre as belezas
A que possa te oferecer o paraíso.
Se bem te conheço, nada demais.
Talvez o meu olhar de admiração.
Quem sabe a minha pontualidade
Em respeito à tua doce aflição?
Tudo o que me parecia fácil
Perdeu-se como o Santo Graal
nos confins da banda oriental.
Os teus mistérios perscruto tátil
Entre as vertigens do teu beijo
E a imensidão do meu desejo.
Anos atrás fiz uma viagem para o interior de Minas. Faz tanto tempo que não me recordo para quê, quando ou para onde. Desta viagem guardei uma lembrança, ou melhor, uma reflexão, quando parei em uma vendinha na beira de uma estradinha de terra.
Fazia um calor danado. Sede e fome. Entrei na vendinha e por sorte o comerciante vendia um pão com linguiça maravilhoso. Linguiça caipira. Não tinha refri, mas, por sorte, tinha garapa (caldo de cana). Pedi uma caneca e outra surpresa: o vendeiro trouxe gelo retirado de uma geladeira toda enferrujada, mas que ainda cumpria (e bem) a sua função. Me preocupei com a química em meu estômago e nos efeitos posteriores. Enfim, nada que uma boa flatulência não aliviasse. Se a fermentação fosse mais séria, moita é que não faltava, e como sempre fui prevenido, sempre que viajava trazia comigo papel higiênico e guardanapo de papel.
Puxei um dedo de prosa com o vendeiro. A conversa não durou muito. Ele me pediu licença e disse que ia dar um geral nos ninhos para colher ovos. Sumiu atrás de uma cortina de chita estampada.
Pensei cá com os meus botões: tô na Europa. Ri baixinho. O vendeiro me largou ali. Eu no balção saboreando o sanduba espetacular, curtindo a minha garapa geladinha. As mercadorias ao meu inteiro dispor. O caixa também, em cima do balção: uma caixa de sapato onde o vendeiro jogava notas e moedas.
Um despautério de confiança e honestidade sobrevivendo, uma e outra, nos grotões interioranos.
O vendeiro estava demorando. Eu sem pressa, já pensando no segundo pão com linguiça e no repeteco na garapa.
Saí e me sentei num banco de madeira à porta do "estabelecimento". Daí a pouco chegou um caipira aparentando uns cinquenta anos.
-Tarde...
-Tarde...
- Cadê o Aniceto? O Sôr viu ele?
Lógico que era o vendeiro.
- Ele foi apanhar uns ovos no galinheiro.
- A pois...Antonce vamu esperá, nemês?...
- É o causo, respondi entrando no clima.
O vendeiro voltou e disse que a galinhada tinha botado um monte de ovos. Sorriu para nós e perguntou se eu queria outro pão com linguiça e mais garapa. Não só aceitei como pedi pra ele prepara dois: um pra comer agora e o outro pra viagem. E mais garapa, por favor.
- I ocê, Cajuca?... que qui ocê qué?
- Tarde, Aniceto...ieu quero uma branquinha e um pedaço de linguiça.
Aniceto atendeu Cajuca, sentou-se atrás do balção com as duas mãos escorando a cara. Ficou ali, com os olhos perdidos não sei onde por um bem tempo. Matutava...
Cajuca saboreava a branquinha e ia beliscando a linguiça.
Virou-se pra mim e disse:
- Tá silvido?
Agradeci.
Sôr num repare... vou lá pra beira da istrada isperá o caminhão do leite. Ele passa agorinha...
- A pois, fique a vontade.
Cajuca, respeitoso, tirou o chapéu de palha para mim. Sentou em um pequeno cupim ao lado da estradinha. Fiquei observando. Daí a pouco, tirou um pedaço de fumo de rolo do bolso. Esticou a palha com o canivete e começou a picar o fumo. O ritual era lento e caprichoso. Cigarro enrolado, molhou uma das pontas com os lábios e acendeu o cigarim.
Não sei porque esqueci do tempo. Me esqueci da vida, dos horários e fiquei observando discretamente o Cajuca do outro lado da estrada. Cajuca pitava e de vez em quando dava uma baforada para o alto. Acompanhava a fumaça com os olhos, esquecido de tudo, como se a vida se resumisse a observar a fumaça azulada.
Sem que eu percebesse, entrei no clima contemplativo e comecei a matutar sobre a minha vida e a daquele homem simples.
As comparações são inevitáveis. Eu, urbano, casado, com filhos pra criar, emprego, chefe, horário e uma rotina atribulada para subir na vida. Como subir na vida vivendo uma vida rotineira? Ri comigo mesmo. Rotina não rima com sucesso, é uma sucessão de mesmice na qual está implícito a falta de criatividade e, portanto, de oportunidade. Morreria empregado? Ainda que tivesse minhas ambições e batalhasse para realizá-las, minha vida era como a de milhares perdidas no anonimato, na tábua rasa dos cidadãos comuns.
Como consolo, eu me dava algum valor. Era um homem razoavelmente culto e foi justamente aí que me dei conta que todo o meu conhecimento só servia para criar um abismo entre mim e Cajuca.
Enquanto eu questionava tudo, vivia todos os conflitos existenciais que afligem o homem moderno, Cajuca, sentado à beira do caminho, via a vida passar.
Enquanto eu eventualmente tinha as minhas crises de fé decorrentes de um mundo absurdamente desigual, Cajuca, na missa de domingo, comungava e com o Cristo na alma, certamente a tudo aceitava sem questionar. Uma dor para mim insuportável, para Cajuca era a vontade de Deus. Se culpas e arrependimentos me consumiam, Cajuca, por sua vez, confessava os seus pecados com o vigário. Era o quanto bastava, sem lastro e remorsos recorrentes,
Enquanto eu olhava o céu e a imensidão do firmamento chocado com a nossa pequenez diante do cosmos, humilhado por tanta insignificância, Cajuca apenas contemplava as estrelas e a Lua.
Não sei por quanto tempo me demorei na porta da vendinha. Não foi pouco tempo.
Então me dei conta que aquele homem simples sabia muito mais do que eu. Isto a princípio me chocou. Mexeu com a minha vaidade e com o meu amor próprio.
Cajuca era um filósofo. Trazia consigo toda a sabedoria do mundo. A distância entre nós era enorme. Trazia consigo certezas e conhecimentos que nem as melhores universidades do mundo poderiam proporcionar. A harmonia e a paz estampada naquele rosto precocemente encarquilhado pelo sol marcaram para sempre a minha vida. Por isso esta viagem foi inesquecível.
Conhecimento é harmonia. Sabedoria é desse jeito. Hoje eu sei que nada sei e que Cajuca sabe tudo.
Os mansos herdarão a Terra. Estão integrados com a criação. Fazem parte dela e vivem a dia de hoje sabendo que o amanhã e o ontem são a mesma coisa.
Anos atrás fiz uma viagem para o interior de Minas. Faz tanto tempo que não me recordo para quê, quando ou para onde. Desta viagem guardei uma lembrança, ou melhor, uma reflexão, quando parei em uma vendinha na beira de uma estradinha de terra.
Fazia um calor danado. Sede e fome. Entrei na vendinha e por sorte o comerciante vendia um pão com linguiça maravilhoso. Linguiça caipira. Não tinha refri, mas, por sorte, tinha garapa (caldo de cana). Pedi uma caneca e outra surpresa: o vendeiro trouxe gelo retirado de uma geladeira toda enferrujada, mas que ainda cumpria (e bem) a sua função. Me preocupei com a química em meu estômago e nos efeitos posteriores. Enfim, nada que uma boa flatulência não aliviasse. Se a fermentação fosse mais séria, moita é que não faltava, e como sempre fui prevenido, sempre que viajava trazia comigo papel higiênico e guardanapo de papel.
Puxei um dedo de prosa com o vendeiro. A conversa não durou muito. Ele me pediu licença e disse que ia dar um geral nos ninhos para colher ovos. Sumiu atrás de uma cortina de chita estampada.
Pensei cá com os meus botões: tô na Europa. Ri baixinho. O vendeiro me largou ali. Eu no balção saboreando o sanduba espetacular, curtindo a minha garapa geladinha. As mercadorias ao meu inteiro dispor. O caixa também, em cima do balção: uma caixa de sapato onde o vendeiro jogava notas e moedas.
Um despautério de confiança e honestidade sobrevivendo, uma e outra, nos grotões interioranos.
O vendeiro estava demorando. Eu sem pressa, já pensando no segundo pão com linguiça e no repeteco na garapa.
Saí e me sentei num banco de madeira à porta do "estabelecimento". Daí a pouco chegou um caipira aparentando uns cinquenta anos.
-Tarde...
-Tarde...
- Cadê o Aniceto? O Sôr viu ele?
Lógico que era o vendeiro.
- Ele foi apanhar uns ovos no galinheiro.
- A pois...Antonce vamu esperá, nemês?...
- É o causo, respondi entrando no clima.
O vendeiro voltou e disse que a galinhada tinha botado um monte de ovos. Sorriu para nós e perguntou se eu queria outro pão com linguiça e mais garapa. Não só aceitei como pedi pra ele prepara dois: um pra comer agora e o outro pra viagem. E mais garapa, por favor.
- I ocê, Cajuca?... que qui ocê qué?
- Tarde, Aniceto...ieu quero uma branquinha e um pedaço de linguiça.
Aniceto atendeu Cajuca, sentou-se atrás do balção com as duas mãos escorando a cara. Ficou ali, com os olhos perdidos não sei onde por um bem tempo. Matutava...
Cajuca saboreava a branquinha e ia beliscando a linguiça.
Virou-se pra mim e disse:
- Tá silvido?
Agradeci.
Sôr num repare... vou lá pra beira da istrada isperá o caminhão do leite. Ele passa agorinha...
- A pois, fique a vontade.
Cajuca, respeitoso, tirou o chapéu de palha para mim. Sentou em um pequeno cupim ao lado da estradinha. Fiquei observando. Daí a pouco, tirou um pedaço de fumo de rolo do bolso. Esticou a palha com o canivete e começou a picar o fumo. O ritual era lento e caprichoso. Cigarro enrolado, molhou uma das pontas com os lábios e acendeu o cigarim.
Não sei porque esqueci do tempo. Me esqueci da vida, dos horários e fiquei observando discretamente o Cajuca do outro lado da estrada. Cajuca pitava e de vez em quando dava uma baforada para o alto. Acompanhava a fumaça com os olhos, esquecido de tudo, como se a vida se resumisse a observar a fumaça azulada.
Sem que eu percebesse, entrei no clima contemplativo e comecei a matutar sobre a minha vida e a daquele homem simples.
As comparações são inevitáveis. Eu, urbano, casado, com filhos pra criar, emprego, chefe, horário e uma rotina atribulada para subir na vida. Como subir na vida vivendo uma vida rotineira? Ri comigo mesmo. Rotina não rima com sucesso, é uma sucessão de mesmice na qual está implícito a falta de criatividade e, portanto, de oportunidade. Morreria empregado? Ainda que tivesse minhas ambições e batalhasse para realizá-las, minha vida era como a de milhares perdidas no anonimato, na tábua rasa dos cidadãos comuns.
Como consolo, eu me dava algum valor. Era um homem razoavelmente culto e foi justamente aí que me dei conta que todo o meu conhecimento só servia para criar um abismo entre mim e Cajuca.
Enquanto eu questionava tudo, vivia todos os conflitos existenciais que afligem o homem moderno, Cajuca, sentado à beira do caminho, via a vida passar.
Enquanto eu eventualmente tinha as minhas crises de fé decorrentes de um mundo absurdamente desigual, Cajuca, na missa de domingo, comungava e com o Cristo na alma, certamente a tudo aceitava sem questionar. Uma dor para mim insuportável, para Cajuca era a vontade de Deus. Se culpas e arrependimentos me consumiam, Cajuca, por sua vez, confessava os seus pecados com o vigário. Era o quanto bastava, sem lastro e remorsos recorrentes,
Enquanto eu olhava o céu e a imensidão do firmamento chocado com a nossa pequenez diante do cosmos, humilhado por tanta insignificância, Cajuca apenas contemplava as estrelas e a Lua.
Não sei por quanto tempo me demorei na porta da vendinha. Não foi pouco tempo.
Então me dei conta que aquele homem simples sabia muito mais do que eu. Isto a princípio me chocou. Mexeu com a minha vaidade e com o meu amor próprio.
Cajuca era um filósofo. Trazia consigo toda a sabedoria do mundo. A distância entre nós era enorme. Trazia consigo certezas e conhecimentos que nem as melhores universidades do mundo poderiam proporcionar. A harmonia e a paz estampada naquele rosto precocemente encarquilhado pelo sol marcaram para sempre a minha vida. Por isso esta viagem foi inesquecível.
Conhecimento é harmonia. Sabedoria é desse jeito. Hoje eu sei que nada sei e que Cajuca sabe tudo.
Os mansos herdarão a Terra. Estão integrados com a criação. Fazem parte dela e vivem a dia de hoje sabendo que o amanhã e o ontem são a mesma coisa.

27/11/2019

NOTA FELIZ
Para quem não ficou sabendo, o traste do lula sifu.
O TRF-4 rejeitou por unanimidade o pedido da defesa para anular sentença sobre a maracutaia do sítio de Atibaia.
De brinde, o egrégio tribunal aumentou a pena do meliante para 17 anos de cana dura.
Agora só resta esperar o nojento do congresso aprovar a lei que admite recolher a marginalidade aos costumes após condenação em segunda instância.
Oremos...
FIM
Onde havia um céu de azul intenso,
Hoje o dia nubla de pesares.
Um altar sem eucaristia e incenso,
Murchas flores em tristes altares.
Onde havia um oceano
Resta o filete de um riacho.
De promessas restam os enganos;
Não mais a chave sob o capacho.
A catedral sobre a rocha erguida
Ruiu como um castelo de cartas
E nenhuma fé mais ascendeu.
Nossa sorte foi aos poucos consumida;
Nosso ás não mais se encarta
No amor partido que o desamor venceu.
HUMORDIDO
SETOR GRANJEEIRO INVESTE PESADO NA CARAVANA DE LULA
GRANJA GRANJEIRA - A OVO (Organização dos Varejistas Ovacionais) está atravessando um período de grande prosperidade.
Não bastasse a substituição da carne (preço pela hora da morte) pelo ovo no cardápio dos brasileiros, um outro fator vem concorrendo para a explosão de consumo da proteína: as caravanas de lula, por onde passa, é recebida por uma chuva de ovos.
Cláudio Pinto, presidente da OVO, declarou que está com lula e não abre.
Segundo o CEO, "Haja galinhas para atender à demanda de ovos! Nunca antes na história desse país a produção de ovos atingiu níveis tão estratosféricos. Estamos contratando como nunca e, por mais que nos esforcemos para suprir nossos quados de funcionários, estamos muito aquém de atender a esta demanda hiper, mega, ultra fantástica.
De outro lado, estamos importando poedeiras de todos os continentes, num esforço descomunal para fazer frente às necessidades do mercado.
lula é um fenômeno de impopularidade. Estamos surfando na onda, torcendo para que o "ex-presidenciário" percorra o Brasil de norte a sul, leste a oeste. Inclusive encomendamos um modelo de catapulta dotada de mira a laser capaz de atirar 500 ovos de uma só vez.
Interpelado por nossa reportagem, lula não se furtou a dar o seu pitaco a propósito: "Cumpanheru jornalista, tô avexado. Pensei que ao sair do xilindró o povo me receberia-me de braços aberto. Mais qual!... Onde passo chove ovo, além de cobras e calangos. Num saio mas de casa sem a minha capa de chuva, de modus a me proteger-me da ovação popular".
Assim como a OVO, Bolsonaro está mais feliz do que pinto no lixo.
Assim falou o capitão: Isso daê é bom para o traste aprender que ela já era, tá ok? Ele pensou que ainda era o tal e que a sua presença em público ia atrair multidões. Ele tá mais impopular que o boca mole mendes. Se tiver um concurso de impopularidade, o nefasto não pode participar porque é hors concours aê, tá ok?
UM SONHO
Outro dia tive um sonho muito estranho.
Uma nave interestelar oriunda de uma civilização com 10.000 anos de tecnologia à nossa frente resolveu dar um rolé aqui na periferia da Via Lactea.
Eu era tripulante porque fora abduzido na semana passada para ser cobaia em uma pesquisa científica (indolor-graças a Deus).
Voltando pra terra, agradecidos com a minha colaboração sem mimimi, os Sideranos (nome da civilização) me concederam 1 pedido, qualquer que fosse.
Pensei, pensei e perguntei a eles se era possível dar sumiço em todos os habitantes da terra que não valiam o angu que comem.
Dratzgui Transvansans Asdrubalipis (DTA para os chegados), comandante da nave, respondeu que quase nada era impossível para eles e que o meu pedido tinha 99,9% de chance de ser atendido.
- Por onde começamos? - indagou DTA
- Vamos começar a limpeza do oriente para o ocidente. Posso deixar o Brasil por último?
- %*&¨%%$$%$++%$##*5$@ - Craro, cróvis. (tradução literal)
DTA é um gozador.
Feita a faxina com o sumiço de 350.255.418 coisa-ruins, enfim chegamos ao Brasil.
Cocei a cabeça preocupado com o meu pedido. Perguntei a DTA se aquele número era exato. Ele confirmou e me disse que não precisava de ter crise de consciência porque os trezentos e tantos milhões de relocados são a escória do extrato do suprassumo do lixo. Prosseguiu me informando que todos foram transferidos, de ofício (DTA era mesmo um pândego) para um planeta primitivo compatível com o seu atraso espiritual.
- Todos para este planeta?
- Todos, mas os piores vão pra capital...
- Como assim? - insisti com DTA.
- 500 mil vão ser lotados em Brasilifux-1321, capital do planeta Maracutaiá-12.
- Por quê? DTA me olhou feio.
- Chega de perguntas.
- Mas...
- Tá bão... Qui seji, véi... (DTA era chegado em gíria e estudava todas por onde passava em suas andanças em dobra 30 pela galáxia).
- O que vai acontecer com eles?
- Posso terminar?
- Maracutaiá-12 é conhecido em toda a galáxia por seu elevado nível de corrupção e em Brasilifux-1321, a capital, concentra-se o maior número de corruptos por metro quadrado no quadrante cósmico 1732.
- E aí?
- Ai que o dinheiro deles, o pixulex, é volátil.
- Como assim?
- Evapora tão logo eles põem a mão na grana.
- Então?...
- Isso mesmo, querido gafanhoto. O sujeitim rouba e imediatamente tá na merda.
- Uai, sô!... Então de que adianta ser mão leve?!
- Adianta, sim, gafanhoto. Eles esquecem que o pixulex é volátil
A corja vive em agonia. Você pode imaginar inferno mais sádico para um corrupto de carteirinha
- he he...
- Olha lá a América do Sul. Tamu chegando, mané.
- Não tem uma nuvem sobre o Brasil, DTA.
- Tem não...
- Por quê?
- Vamos por parte, gafanhoto. Para adiantar o expediente já relocamos 24.989.321 porcarias para planeta de expiação Xulezim 171. O Brasil tá limpim - uma brancura OMO.
- Beleza, DTA. Uai!... Mas cadê as nuvi?
- Quando uma área ou uma região é saneada, acontece um fenômeno atmosférico...deixa pra lá. Você não iria entender.
- Você acabam com a convergência de zona tropical?
- Fala menas merda, gafanhoto.
Acordei como o rádio ligado e dei de cara com a notícia da prisão de mais trocentos corruptos. Pode ter sido uma amostra grátis, cortesia do DTA.
Ainda sonado, pelo sim pelo não, abri a janela e dei um tchau para o céu.
Muito legal ...vejam !!
#Imunohematologia
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Rindo até agora....
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