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14/11/2014

HOMENAGEM A MANOEL DE BARROS

Quando um poeta morre
alguma coisa morre em nós.
Talvez palavras não ditas.
Aquelas furtivas
que não soubemos
acontecer.
Quando morre um poeta
mais um pouco de trevas
a escuridão escurece.
Sorte que a rebeldia
de tudo que reluzia
vira vaga-lume
e permanece.
O sereno da noite
exala perfumes.
Rebeldes floradas
que você oferece
dizendo as coisas
que não sei dizer.
E no verso teimoso
de um outro poeta
a gente entende
que pouco sabemos
por assim dizer.

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