TEMPO
Bom seria morrer de amor...
Seria doce qualquer agonia,
Ainda que o luto, seja qual for,
A si mesmo consolaria.
Se desditoso, alívio;
Se venturoso, agradeceria
A vida de idílio, doce convívio
Que sobre tudo teve mais valia.
O tempo amigo que a todos acode,
Que à dor atenua ao passar dos anos
Poderia contentar-se em ser eternidade.
Impiedoso, incontido, entretanto não pode
Vencer o destino urdido em outros planos;
Rebelde, e eterno contra a nossa vontade.
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