REJEIÇÃO
Como dói o amor primeiro amor
Tantas vezes não correspondido.
Ferida exposta sem nenhum pudor
Por esquinas mendigando o que teria sido.
Se compaixão houvesse aos vencidos
Não se ouviriam promessas de realejo.
Antes natimortos, conformados em não ser,
Relegados aos porões, aos quartos de despejo.
Entre as dores sempre a mais perene.
Finge não doer mas requer morfina
Até que a droga não faça mais efeito.
Quando se acredita da vida ter o leme
O antigo carinho assombra e vaticina,
Jura de morte, por achar-se com direito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário