PRESA
Vou apagar todas as luzes
E acender estrelas.
Em minha alma mais reluzes
E já não me extasio ao vê-las.
O perigo me ronda e nem ligo.
Sigo adiante, temerário.
Não sei bem se o que persigo
Há de ser vida ou calvário.
Inerte, indefeso, hipnotizado...
Este teu olhar me imobiliza
E me conformo completamente.
Tua teia me prendeu e emaranhado
Aguardo o beijo que paralisa
Não sei porque tão contente.
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