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24/04/2015

POEMA PARA O MEU SOGRO
O piano está fechado.
Virou um móvel na sala.
O silêncio desafina
em dissonante saudade.
O metrônomo parou

no compasso do nada.
A casa perdeu a alma.
Não há retrato na parede.
Outra em destaque,
em cima do aparador,
enfeita a sala
do meu coração.
Há de ter nas alturas
teatro, banda e coral.
A paz e a harmonia
fazem parte do seu dia
do tamanho da eternidade.

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