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22/04/2015

ARREPENDIMENTO
Andei pensando em meu amor antigo.
Alguma não se explica em mim.
Vire e mexe e eu me deparo
com tudo por acontecer.
Tristeza e culpa.
Medo e covardia.
O amor queima,
é um meio dia
que tem noite
todo santo dia
e eu não sei mais
amanhecer.
Segui vivendo
sem medo de sofrer.
Quase nada para oferecer.
Quando me dei,
em troca recebi
o que eu já nem
sabia mais receber.
Sou uma alegoria.
Perdi o trem ao anoitecer.
Sozinho na estação da minha vida,
trêmulo de frio e abandono,
virei um vulto no meio da neblina
assombrando a solidão.
Melhor voltar pra casa.
Melhor dormir e esquecer.
Amanhã é outro dia
e já é tempo de viver.
Amanhã é outro dia
muito bom para morrer.

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