Reeditando poesia
SAUDADE.
Como é bom sentir saudade...
Mexer nos meus guardados,
nos maços de cartas amarrado
com aquela fita de cetim.
Revirar lembranças
como um menino enxerido
bulindo onde não deve,
brincando de proibido.
Mexer nos meus guardados,
nos maços de cartas amarrado
com aquela fita de cetim.
Revirar lembranças
como um menino enxerido
bulindo onde não deve,
brincando de proibido.
Como é bom revirar o passado:
retratos, presentes e retalhos
desbotados, murchos e vencidos.
Não importa. Somos nós
compartilhados, muito bem
recomendados, carimbados
e embalados pro futuro
de um presente que
guardamos pra rever.
retratos, presentes e retalhos
desbotados, murchos e vencidos.
Não importa. Somos nós
compartilhados, muito bem
recomendados, carimbados
e embalados pro futuro
de um presente que
guardamos pra rever.
Um por um me trás o riso
e a vontade de voltar.
Não sei se rio ou choro
porque se volto retorno
para onde só sei ficar.
e a vontade de voltar.
Não sei se rio ou choro
porque se volto retorno
para onde só sei ficar.
Um por um toco de leve
e o meu gesto é tão breve
que nem ousa acontecer.
Cada aroma é vertigem,
cada cor paisagem,
cada folha um poema,
cada estrofe um esquema
com requinte orquestrado
só pra sobreviver.
e o meu gesto é tão breve
que nem ousa acontecer.
Cada aroma é vertigem,
cada cor paisagem,
cada folha um poema,
cada estrofe um esquema
com requinte orquestrado
só pra sobreviver.
Como se fosse possível
reter o tempo entre as mãos...
Me acode a rebeldia,
que zomba da eternidade
em cada momento guardado
que teima permanecer.
reter o tempo entre as mãos...
Me acode a rebeldia,
que zomba da eternidade
em cada momento guardado
que teima permanecer.
Fecho o baú e a porta.
Perco o sono e nem ligo
se o dia não amanhecer.
Perco o sono e nem ligo
se o dia não amanhecer.
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