ORVALHO
Talvez o orvalho seja
Toda a dor aspergida
Que a noite sobeja
Igualmente repartida.
Pode ser para a florada,
O consolo que caiu
Sobre a flor desengana
Que nunca antes se abriu.
Pode ser leve e ameno
Como a tristeza se engalana
Com diamantes de sereno.
Talvez o pranto da gente
Que à noite é um rio
Procurando um afluente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário