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12/12/2020

 Embora tricolor das laranjeiras antes da minha concepção, estou com pena do Botafogo. Se não fosse Fluminense roxo, seria Botafogo.

Entre 1957 e 1964, o Botafogo Um time como que era uma pequena seleção brasileira: Garrincha, Didi, Amarildo, Manga, Quarentinha, Nilton Santos, Rildo e outros do excelente nível técnico.
Era ruim encarar o time de General Severiano.
Na época, só o Santos batia de frente com o timaço do fogão.
Com uma situação sempre remete à outra, lembrei-me da EPOPÉIA DO FLUSÃO em 2009, quando a 11 rodadas do fim do brasileirão, tínhamos 99,9% de chance de cair para a segundona.
A cada rodada eu pensava, caímos, e ia dormir triste e conformado. Não tinha jeito. A segundona era uma realidade mais palpável do que um bloco de concreto.
Aí, com a benção de Nelson Rodrigues e todos os anjos tricolores, jogo após jogo, os Guerreiros do Flusão seguiam tocando as trombetas de Jericó. Todos os adversários (11) ruíram e o Fluminense, impávido colosso, ficou na primeira divisão. Foram 7 vitórias e 4 empates.
MILAGRE? Sim, com o Fred fazendo gol até "dis costa".
Comemorei como nunca comemorei um título. Por óbvio. Comemorei de novo porque botamos água no chopp do Flamengo - campeão de 2009.
Uma festa na gávea e uma histeria coletiva nas Laranjeiras que se estendeu Brasil afora - do Oiapoque ao Chuí e por todos os rinções da pátria amada, mãe gentil, em alhures; nos confins da Via Lactea e, segundo consta, até em Andrômeda, nossa vizinha de parede e meia.
Então é isso, fogão. Estufem o peito e ombro a ombro partam pra cima dos exércitos 10 vezes mais fortes.
Uma pena é que está escrito nas estrelas que uma SAGA igual à nossa só vai acontecer daqui a trocentos anos.

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