AUSÊNCIA
Alguma coisa falta além do ar
Que me aflige e transpira.
Há de ser algo que a faltar
Pouco viver me inspira.
Talvez uma saudade imprecisa
Que não se recorda porque dói.
Quem sabe algo que se martiriza
Na cruz que pra si mesmo constrói?
Ao fim do dia, compadecido,
Me dei conta que era a tua ausência
Que em mim se esquecera.
Em mim mesmo perdido,
Já nem sei se é demência
A saudade que me acua feito fera.
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