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18/08/2018

Reeditando...
TRAVESSIA
Quando eu morrer, que seja sobre a poesia
que comece pela iluminura "a" de amor.
Quando tremer a pena uma doce agonia
Há de acontecer sem nenhuma dor.
Antes que meus olhos turvem, a pupila dilate;
Antes que eu atravesse o temido umbral,
Quero que um último frêmito me arrebate
E que o teu adeus me atravesse no portal.
Enfim vou conhecer algo mais sublime
Do que o amor que te dediquei em vida
Ousando de antemão viver eternamente.
Se o amor a tudo supera e redime,
Que o Pai me perdoe e me dê guarida
Em seu reino onde vivi inconsciente.

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