SONETO ANTIGO III
Vós que tendes minh'alma cativa,
Por que desta maldade resoluta?
Usas o corpo que a encerra altiva
Por vós lutando com bravura absoluta.
Por que desta maldade resoluta?
Usas o corpo que a encerra altiva
Por vós lutando com bravura absoluta.
Por que dispões sobre a minha sorte,
Determinas os rumos de minha vida?
Nem mesmo logrou êxito a fria morte
Que diante do querer, deu-se por vencida.
Determinas os rumos de minha vida?
Nem mesmo logrou êxito a fria morte
Que diante do querer, deu-se por vencida.
Morri aos poucos, inclemente senhora,
E a cada gesto vosso de repúdio
Debalde tentei salvar minha ilusão.
E a cada gesto vosso de repúdio
Debalde tentei salvar minha ilusão.
De vossa vida bem sei que fui embora.
Deixo acabado de meu réquiem o prelúdio
E a sonata que compus com silêncio e devoção.
Deixo acabado de meu réquiem o prelúdio
E a sonata que compus com silêncio e devoção.
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