Reeditando
CORDEL SOBRE UM PAÍS DOENTE, COM VÁRIAS INTERNAÇÕES, MELHORAS E RECAÍDAS, METÁSTASES E MUITO CTI.
Prepare o seu coração
pra história que eu vou contar,
não venho lá do sertão
e posso não lhe agradar,
mas vou dar minha versão
sobre a vida de um gigante
que quase bateu as botas
de tanto cair doente
com doença renitente
como nunca se viu igual.
Para resgatar-lhe a saúde
e salvar-lhe do ataúde
resta a esperança valente
de um povo carente,
certo que o seu destino
é cantar o seu hino
com orgulho altaneiro
como nos pátios da escola
se cantava antigamente.
pra história que eu vou contar,
não venho lá do sertão
e posso não lhe agradar,
mas vou dar minha versão
sobre a vida de um gigante
que quase bateu as botas
de tanto cair doente
com doença renitente
como nunca se viu igual.
Para resgatar-lhe a saúde
e salvar-lhe do ataúde
resta a esperança valente
de um povo carente,
certo que o seu destino
é cantar o seu hino
com orgulho altaneiro
como nos pátios da escola
se cantava antigamente.
Vou partir pra alegoria
para a história melhorar
de modo que você goste
do que eu tenho pra contar.
para a história melhorar
de modo que você goste
do que eu tenho pra contar.
O gigante deste causo
atende pelo nome de gigante,
terra de gente forte
e de um povo varonil
que já teve melhor sorte
antes que um cabra da peste,
retirante do nordeste,
caísse de para-quedas,
coisa nunca assim se viu.
Chega de mistério
e papo de cemitério.
Na cadeira de presidente
da República Federativa
deste azarado Brasil
hoje um país doente,
cheio de vírus e mazela
se alastrando no corpo
pra lá de boquirroto
e mais debilito
do que um homem senil.
atende pelo nome de gigante,
terra de gente forte
e de um povo varonil
que já teve melhor sorte
antes que um cabra da peste,
retirante do nordeste,
caísse de para-quedas,
coisa nunca assim se viu.
Chega de mistério
e papo de cemitério.
Na cadeira de presidente
da República Federativa
deste azarado Brasil
hoje um país doente,
cheio de vírus e mazela
se alastrando no corpo
pra lá de boquirroto
e mais debilito
do que um homem senil.
A mal se alastra por baixo,
começa nas prefeituras,
nas pequenas repartições.
Quando você assusta
os cumpanheros de luta,
inimigos da labuta,
marcam o ponto e vazam
pra roda do cafezinho.
começa nas prefeituras,
nas pequenas repartições.
Quando você assusta
os cumpanheros de luta,
inimigos da labuta,
marcam o ponto e vazam
pra roda do cafezinho.
Isto quando aparecem...
Apresentam atestado
dizendo que sofrem de asma,
do coração ou do pé.
E assim o fantasma
curte a vida na boa
rindo até de desgraça
sabendo que não lhe ameaça
chefe ou auditoria.
Apresentam atestado
dizendo que sofrem de asma,
do coração ou do pé.
E assim o fantasma
curte a vida na boa
rindo até de desgraça
sabendo que não lhe ameaça
chefe ou auditoria.
E a festa continua
sem hora pra acabar.
Parece até gafieira:
quem tá dentro não sai
quem tá fora não entra.
Se você discorda da farra
vá reclamar com o bispo
ou aderir à bandalheira.
Basta entrar pro partido
agitar comício e bandeira
para não marcar bobeira,
pois quem tem padrinho
tem sempre uma boquinha,
participa da festinha
e não morre pagão.
sem hora pra acabar.
Parece até gafieira:
quem tá dentro não sai
quem tá fora não entra.
Se você discorda da farra
vá reclamar com o bispo
ou aderir à bandalheira.
Basta entrar pro partido
agitar comício e bandeira
para não marcar bobeira,
pois quem tem padrinho
tem sempre uma boquinha,
participa da festinha
e não morre pagão.
Male e mau ocupou a cadeira
o larápio começou
com desmandos e bandalheiras
e a desfraldar bandeiras
da cor de vermelho sangue.
O rio virou mangue
e a farra começou.
Desandou a empregou parente,
amigo, compadre e companheiro.
E não mais que de repente
a nação virou puteiro,
repleta de companheiro,
do sindicato e partido
que agora vive nutrido
de verba e de confisco,
que digo sem o menor risco
oriunda de regalia
da contribuição sindical.
o larápio começou
com desmandos e bandalheiras
e a desfraldar bandeiras
da cor de vermelho sangue.
O rio virou mangue
e a farra começou.
Desandou a empregou parente,
amigo, compadre e companheiro.
E não mais que de repente
a nação virou puteiro,
repleta de companheiro,
do sindicato e partido
que agora vive nutrido
de verba e de confisco,
que digo sem o menor risco
oriunda de regalia
da contribuição sindical.
Sem falar ainda do imposto,
taxas e outras mordidas
do famigerado leão
que para o nosso desgosto
escoa no ralo, ligeiro,
em boca de lobo e bueiro
e pelo caixa do ladrão.
Assim a loja Brasilia
antes uma portinha
hoje emprega sozinha
uma grande multidão.
Virou passarela da moda
onde se pendura emprego
em arara de liquidação.
taxas e outras mordidas
do famigerado leão
que para o nosso desgosto
escoa no ralo, ligeiro,
em boca de lobo e bueiro
e pelo caixa do ladrão.
Assim a loja Brasilia
antes uma portinha
hoje emprega sozinha
uma grande multidão.
Virou passarela da moda
onde se pendura emprego
em arara de liquidação.
Deixe no ar a pergunta
que há muito não quer calar:
Quem é que paga o salário?
Quem é que marca bobeira
sustentando vagabundo
que espolia o povão?
A resposta eu lhe digo
e se lhe conto, amigo,
é porque lhe tenho
em grande consideração.
que há muito não quer calar:
Quem é que paga o salário?
Quem é que marca bobeira
sustentando vagabundo
que espolia o povão?
A resposta eu lhe digo
e se lhe conto, amigo,
é porque lhe tenho
em grande consideração.
O chefe da quadrilha
já morou em Brasília
e hoje é cidadão do mundo.
Não se chama Raimundo,
vive festa e banquete
com muita ostentação.
Seu nome é Ignácio
e Silva é o seu sobrenome
e lhe falta um dedo na mão.
Hoje é orelha de livro
e consta em todo prefácio
de compêndio de ladrão.
já morou em Brasília
e hoje é cidadão do mundo.
Não se chama Raimundo,
vive festa e banquete
com muita ostentação.
Seu nome é Ignácio
e Silva é o seu sobrenome
e lhe falta um dedo na mão.
Hoje é orelha de livro
e consta em todo prefácio
de compêndio de ladrão.
E assim vamos chegando
ao fim desta triste história.
Outra melhor não conto
por ser pobre a oratória
deste que lhes contou
a doença do país.
Deus permita que não morra
antes de ver nos trilhos
esta grande locomotiva
que anda hoje à deriva,
sem rumo e sem norte
à procura de melhor sorte
e de alguém que a recomponha.
honrada, pródiga e feliz.
ao fim desta triste história.
Outra melhor não conto
por ser pobre a oratória
deste que lhes contou
a doença do país.
Deus permita que não morra
antes de ver nos trilhos
esta grande locomotiva
que anda hoje à deriva,
sem rumo e sem norte
à procura de melhor sorte
e de alguém que a recomponha.
honrada, pródiga e feliz.
Alguém há de aparecer,
com destemor e vergonha,
para arrumar a casa
com a gente sempre quis.
Mas pra isto, meu ouvinte,
é preciso constituinte
ou outra revolução.
Enquanto nem nem outra acontece,
eleve a Deus uma prece,
reze pra Padim Çico, São Judas,
Nossa Senhora ou São Tomé,
Pois que a luta é renhida
e é preciso muita fé
pra acuar o inimigo
bem no canto do ringue,
até que jogue a toalha
peça penico e arrego
para alívio e sossego
deste povo infeliz.
com destemor e vergonha,
para arrumar a casa
com a gente sempre quis.
Mas pra isto, meu ouvinte,
é preciso constituinte
ou outra revolução.
Enquanto nem nem outra acontece,
eleve a Deus uma prece,
reze pra Padim Çico, São Judas,
Nossa Senhora ou São Tomé,
Pois que a luta é renhida
e é preciso muita fé
pra acuar o inimigo
bem no canto do ringue,
até que jogue a toalha
peça penico e arrego
para alívio e sossego
deste povo infeliz.
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