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03/09/2015

PRAIA
Era uma praia com outra qualquer
Até que um dia nela veio dar
O menininho filha da mulher
Que a gente nunca quis olhar
Pode ser que um dia a dor alheia
Em nossa praia venha a se espraiar
Como uma terrível maré cheia
Irrompendo em nós todo o pesar
Pobre humanidade que só se comove
Quando a inocência tem que se imolar
Pra que a dor do mundo se comprove
Estende os teus braços, ainda há tempo
E acolhe a todos os teus filhos a vagar
Sem que lhe pareça aborrecido contratempo

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