RIO DE JANEIRO - Com a liberação geral e irrestrita para o ingresso na ABL, Marco Lucchesi, Presidente do Olimpo dos imortais, está diante de um dilema, qual seja permanecer na sede atual, à Av. Pres. Wilson, 203 - Centro, Rio de Janeiro, ou alugar um grande teatro com mais trocentas cadeiras.
Por óbvio, Marco Lucchesi, optou pelo teatro, de modo a acomodar a todos os imortais, evitando, assim, o empilhamento de velhinhos em idade provecta.
A eleição de Fernanda Montenegro e de Gilberto Gil abriu um precedente que despertou frisson entre celebridades que nunca escreveram uma nota sequer - mesmo em almanaque de farmácia.
Tiririca, Luciano Hulk, Pablo Vittar, Sabrina Sato, e outros menos bafejados pela fama, estão em plena campanha para o próxima vaga - tão logo um letrado idoso vestir o seu pijama de madeira.
Segundo Marco Lucchesi, a AbL vive novos tempos, e visando a democratização da cultura, pretende escancarar a casa de Machado de Assis para tantos quanto se destaquem em suas respectivas áreas artísticas.
Alguns acadêmicos, na miúda, tem mascado abelha e cuspido marimbondos com a provável invasão da honorável casa da cultura.
Matusalém Castro, Noé Silveira e Cícero, donos das cadeiras 1, 2 e 3 foram ter com Lucchesi e entre acessos de tosse e pigarros atávicos, puseram a boca no trombone: "Assim não dá, assim não pode. Aonde iremos parar com esta invasão bárbara?! Esta nobilíssima casa abrigou e abriga os maiores expoentes da literatura brasileira. Agora um poeta de botequim escreve uma barbaridade em um guardanapo e se julga no direito de ser nosso par"
Lucchesi, curto, grosso e breve, retrucou na lata: "não concordam? Peçam pra sair ou morram. No popular, conforme consagrei em minha gestão: ou dá ou desce. E tenho dito..."
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