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08/11/2021

CERTEZA

Um dia, como o sol, vou ser poente
E temo que posso não amanhecer.
De volta às estrelas, resplandecente,
Como uma supernova vou morrer.
Creio que o caos reorganize
Minha poeira dispersa pelo breu,
Até que um dia de novo se atomize
A vida que de novo me ocorreu.
Creio em mim sempre recorrente,
Porque a explicação de tudo que se vê
Tem o selo do Verbo e da Verdade.
Bem maior do que a morte inclemente
É a Força que tudo tem à mão e revê
As páginas da nossa eternidade.

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