GULA
Meu pedaço de mau caminho,
Assim você me desencaminha.
Não me olhe assim desse jeitinho,
Derreto feito sorvete de casquinha.
Para mau dos meus pecados,
Vou fazer escala no purgatório.
Se por gula pequei, eis-me prostrado
Pois tenho culpa no cartório
Onde contigo me casei
Numa tarde de janeiro
Com jeito de primavera.
Sou teu há muitas eras;
Desde sempre, por inteiro,
Como o vassalo é da grei.
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