Perdas são inevitáveis.
Todo dia, em todo o mundo pessoas queridas partem. É uma obviedade, uma dolorosa rotina neste vale de lágrimas.
No face, não passa um mês, e nossos amigos choram seus mortos.
O que dizer numa hora dessa. Não há o que dizer e as condolências de sempre nos acodem - um refrão conveniente porque realmente não há o que dizer.
Nosso sentimento, por maior que seja, não se equipara à dor de quem perdeu.
Quando me encontro nesta situação, abraço o parente, o amigo, e não digo nada. Um abraço sincero fala por nós.
Lembro dos meus mortos e me harmonizo com a dor do próximo. Faço uma oração íntima.
Quando me retiro, vem à mente que a morte é como aquela pessoa indesejável que a gente quer esquecer, mas que, mais dia menos dia, vai bater à nossa porta.
Haverá um tempo de encontros definitivos.
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