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26/04/2018

TRAVESSIA
Quando eu morrer, que seja sobre a poesia
Que eu esteja escrevendo com fervor.
Há de tremer a pena e uma doce letargia
há de me sedar sem nenhuma dor.
Antes que meus olhos turvem, a pupila dilate;
Antes que eu atravesse o temido umbral,
Quero que um último frêmito me arrebate
E um suspiro me atravesse no portal.
Deus permita que o que sofri por amor
Anule minhas culpas e pecados
E que Ele me receba com um sorriso.

Pai que sujeitou-se a todo o horror
(Para salvar seus filhos enjeitados),
Me aceite entre os diletos no paraíso.

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