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18/04/2018

DIÁLOGOS
- Uai, cumpanheru Aécio, você porraqui?!
- Vim lhe fazer uma visitinha.
- Sabe, cumpanheru inimigu, Si eu fosse ocê já ficava aqui com nós.
- Mó di quê?
- Ocê num tein chancha di iscapá.
- Aí é que você se engana, presidente. Vou botar a culpa em minha irmã.
- Tá mi imitanu? Marisinha num pode testemunhá contra eu, mais a sua irmã tá vivinha da silva.
- Eu sei, me caro. Acontece que Andrea vai apresentar o seu atestado de óbito com firma reconhecida.
- Purquê num pensei nisso iantes?... Eu mi falecia e dava um cala boca naqueli juiz di merda du Paraná.
- Vacilou, dançou.
- Qui seje... Eu tenho umas bala na manga.
- O senhor quis dizer uma carta na manga, não é?
- Não, cumpanheru inimigu. Aí é bala na aguia.
- Tá bom, presidente.
- Sabe, cumpanheru inimigu, a genti vamus ser cumpanheru di cela...
- Ainda estou livre, meu caro.
- Tu qui pensa...
- O senhor está enganado mais uma vez. Joesley comprou o supremo à vista. Temos interesses comuns nesta gelada.
- Pur quantu?
- 2 milhões.
- Pra todu mundo?
- Não. 2 milhões para cada um?
- Elis tudo aceitarô?
- Infelizmente, não. Só o Lewa, boca mole, Tóffoli e o Celsão.
- É pôco, fio. I us ôtro. São só 4 voto.
- Estamos em negociação.
- Podi tirá o seu cavalinho da chuva. Us ôtru é osso duro de ruê.
- Todo homem tem seu preço, presidente. Antes que eu me esqueça, trouxe uma 51 reserva especial para para o senhor.
- Gradicido...
- A conversa está muito boa, mas tenho que ir para contratar advogados. O bicho está pegando...
- A genti si vemus porraqui.
- De jeito manera... Sou mineiro e, em sendo mineiro, sou safo, querido.
- Olhe, cumpanheru da oposição, como ocê veio mi visitá, vou lhe fazer um agradu.
- Como assim:
- Uns cumpanheru meu si confundiru e truxero um tóchico pra eu.
- Estou tentando largar. Agora só compro picado.
- he he he...
- Prazer em revê-lo. Fui...
- Sabe, cumpanheru, ôce vai voltá...
- Veremos...
- Sabi di nada, inocenti.

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