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22/04/2018



Minha solidão não tem nome
E mora em quarto de pensão.
Em seu colo com silicone
uma flecha e um sangrado coração.

Um cachorro vadio vira latas,
A rua vazia transpira sereno.
Um rufião toma das mulatas
A féria obtida sem tesão.

Fecho a janela que range;
Apago a luz e me deito,
brindo com ela e a solidão.

Mau cheiro exala do mangue.
Ela me olha sem jeito,
Sorri, e abre o roupão.




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