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20/04/2018

TARÔ, TARADO?
- Como o senhor conseguiu que eu lhe atendesse?
- Tenhu meus contato, cumpanhêra adivinhadora.
- Vamos começar?
- Vamu.
- Escolha uma carta, por favor.
- Num chamei a cumpanhêra pra jogar baralho.
- Não é baralho presidente. É Tarô.
- Quem tarô, cumpahêra? Eu é qui num fui, imbora a cumpanhêra não seje de si jogá fora.
- Não, presidente. Tarô são cartas para ver o destino das pessoas.
- Ué, a cumpanhêra num lê as mão?
- Aí é cartomante.
- Gostei da palavra...
- Presidente... A coisa não está boa. O Senhor tirou o Enforcado.
- Que que isso qué dizê?
- As coisas vão piorar para o seu lado.
- PQP. Tô cagado de arara, sabe, cumpenhêra, e ainda tiru uma carta nazarenta?!
- Vamos para a próxima, presidente.
- Vamu, fia.
- Huummmm.... A morte.
- PQP de novo, cumpanhêra. Tô fudido.
- Calma... Morte é renascimento, recomeço...
- Num dá pra cumpanhêra tirá a carta di aufo... autoria... Dexa pra lá.
- Essa não tem...
- Vamos para a próxima.
Nove de paus...
- A cumpanhêra tá mi gozanu?.
- Não entendi...
- Só tenho 9 dedu i num gostei da antologia. Num tein um ais di ispada aí não? Sô ispada, cumpanhêra
- Tem não.
- Si eu subesse qui a minha sorte tá mais pior do que a do Zé Dirceu, num tinha chamado a cumpanhêra.
- Calma, presidente. Falta a última carta. Vamos ver...
- Melhorou, presidente.... Olha só a carta: enamorados.
- Greicinha?...
- Não, senhor. O senhor vai receber a visita de uma antiga secretária. Seu nome... um instante... isto mesmo... termina em "onha"
- É a Rosemary!
- O senhor amou esta mulher.
- Sabem cumpanhêra, dispois que a marizinha morreu, eu Tô dividido entre a Rosemary e a Greicinha. Que cô façu?
- Não posso opinar sobre questões amorosas. O senhor é quem decide.Considere as qualidades das duas.
- É aí cô bichu pega, sabe, cumpanhêra. As duas são tarada di cum força. Greicinha tira sangue ni mim, mi zunha e mi mordi. Já a Rosemary é mais sosfisticada. Ela transa cumigo oiandu o tal de Come i surta - um livro de sacanagê cheio das posição. Achu qui vô fica cas duas. Vô mandá os cumpanhêro comprá uns mertiolate di iodu pra dispois da Greicinha mi lanhá todu. O pobrema é a Rose. Outro dia o carcerêro teve qui disimbolá nós. A genti ficamus qui nem um novelu de lã dispois que o gato brinca com eli.
- Terminamos, presidente.
- Quanto lhe devo, cumpanhêra?
- 1000 reais.
- Quê quê ílson, cumpanhêra!... Tá caro!... E tem mais, sabe, cumpanhêra, ocê só leu merda nessas carta, tirante as minina. Aceita cartão?
- Qual o senhor tem?
- Só tô cum um: u cartão prisão pernonalidade Os coxinha golpista mi tiraru us cartão tudu.
- Tudo bem, presidente?
- A cumpanhêra num custuma custurá pra fora não?
- Que isso, presidente. Sou uma mulher honrada.
- Eu tamém era, cumpanhêra gostosa. Depois qui fundei o PT pirdí a vergonha i a tímideis.
- Passar bem...
- Só vô passar bem se lhe passar o ferro, cumpanhêra gostosona.
- Tarado.
- É u jijum, sabe, cumpanhêra boazuda. Tô matanu cachorru a gritu e tartaruga a bilisção.

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