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05/08/2014

Homenagem aos que ousam amores proibidos, mas ainda assim amores.

Quando estendi minhas mãos para as tuas
e o meu olhar se encantou com o teu
minha alma não buscava nexo,
muito menos o teu sexo
que em mim se perdeu.
Quando o teu corpo tocou o meu
e o teu hálito perfumou a minha boca
meu coração rendido se deu.
Alguma coisa então maldita
redimiu o proibido
e encantou a libido
que anoiteceu.
Ocupa então o meu espaço,
preenche todo o meu ser.
Seja bem-vindo em minha vida,
em minha cama e em meu prazer.
Porque nada ainda foi dito
negado ou restrito
por quem de amar se deu.
Repousa em mim o teu cansaço.
Eu te acolho em meu abraço,
te guardo do frio e da chuva,
acendo o meu fogo e te aqueço
sem pecado, culpa ou razão.

Em ti eu me depuro
e como um anjo caído
ascendo ao sétimo céu.
E nas hostes dos aflitos
vou gritar o meu grito
e a minha revelação.
Então nos daremos tanto
quanto pode todo o encanto
a poesia ou o pranto
que nunca se rendeu.

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