AMOR
Como um vulção a explodir feroz
Ou o voo sereno de uma ave,
Em contraste que se faz o algoz
De nossa entrega ao lenho e à trave.
Que nos tortura e nos enternece,
Que nos eleva e precipita mais
Ao inferno do que ao céu que desce
Ao alcance dos pobres mortais.
Este amor que tiraniza e mata
E ressuscita a seu bel prazer
Toda a emoção que arrebata.
Mas que dá sentido à minha vida,
Que brinca e se diverte a sofrer
Enquanto morde e assopra a ferida.
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